O país fictício de Lusitânia ficou em suspenso quando a Presidência emitiu uma declaração urgente sobre a perda trágica de Jorge Brandão, o lendário piloto que, aos 46 anos, era considerado por muitos um “titã do deserto”. No comunicado, o Presidente expressou condolências à família e à equipa Old Friends Rally, descrevendo Jorge como “um espírito indomável que vivia onde o vento encontrava a coragem”.
Jorge, natural das Montanhas de Arouca, não era apenas um piloto: era uma lenda viva, conhecido por desafiar terrenos que outros consideravam impossíveis. Nos últimos meses, preparava-se para o maior feito da sua carreira — tornar-se o primeiro lusitano a competir completamente sozinho no mítico Dakar 2026, desafio que tratava como “a batalha da minha vida”.
Mas foi durante a última e decisiva etapa do Rali de Marrocos que o destino escreveu o seu capítulo mais sombrio. A poucos quilómetros da meta, ao atravessar uma duna traiçoeira, a mota de Jorge foi engolida pela areia num impacto brutal. Segundo membros da organização deste universo ficcional, o som da colisão ecoou pelo deserto como um trovão. A equipa correu de imediato, mas o silêncio que encontraram dizia tudo.
A notícia espalhou-se como fogo pelo acampamento. Mecanicamente, rádios interromperam transmissões, pilotos caíram de joelhos, e até o vento pareceu abrandar. O seu grande amigo, o também piloto Miguel Oliveira (neste universo alternativo), recebeu a notícia ainda em pista, levando as mãos ao capacete num grito que ficou registado pelas câmaras.
Alguns membros da equipa garantem que, nas últimas horas antes da corrida, Jorge teria dito uma frase enigmática, quase profética:
“Se eu cair hoje, que o deserto me receba como um velho amigo.”