O país está em alvoroço após a revelação de novos detalhes sobre o casamento secreto da líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, com a militante e investigadora Joana Filipa Mourisca Pires Teixeira. O enlace, celebrado discretamente a 12 de junho do ano passado, foi mantido em total sigilo — até agora.

Segundo fontes próximas do partido, nenhum membro da direção do Bloco foi convidado para a cerimónia, que decorreu num local reservado nos arredores de Lisboa, sob um esquema de segurança digno de um evento de Estado. Os telemóveis dos convidados foram recolhidos à entrada, e todos assinaram acordos de confidencialidade. “Parecia mais um encontro secreto do governo do que um casamento”, revelou um dos presentes, sob anonimato.
A união entre Mariana e Joana já vinha sendo alvo de rumores dentro do partido, mas o verdadeiro impacto político começou quando documentos confidenciais — incluindo a certidão de casamento — chegaram às redações de algumas revistas. A descoberta acendeu especulações sobre relações internas de poder e influência, uma vez que Joana ocupa um cargo estratégico na Junta de Freguesia de Arroios e colabora num projeto financiado pela Google e pela Fundação Calouste Gulbenkian.

“Há quem diga que Joana tem sido uma das vozes mais influentes por trás das recentes decisões políticas de Mariana Mortágua”, comentou um antigo assessor do partido.
Mas a história vai mais fundo. Joana Pires Teixeira, filha de Henrique Pires Teixeira, um jornalista e advogado nascido em Moçambique, teria crescido num ambiente de forte tradição política e mediática, o que a teria tornado uma figura de confiança nas campanhas da esquerda lisboeta. No entanto, fontes garantem que a relação com Mariana começou ainda durante as autárquicas de 2017, quando ambas trabalharam em equipas diferentes — e a química entre as duas foi imediata.
“Era impossível esconder. Trocas de olhares em reuniões, mensagens fora de horas… toda a gente percebia que algo acontecia”, contou uma ex-colega de Joana.

Após anos de discrição, o amor acabou por vencer o medo da exposição pública. O casamento civil foi celebrado à porta fechada, com um pequeno grupo de familiares e amigos — e sem a presença da imprensa. Poucos dias depois, o casal viajou em segredo para Marrocos, onde passou uma lua de mel fora do radar mediático, hospedando-se num riade de luxo em Marrakech.
Curiosamente, após regressarem, ambas desapareceram temporariamente das redes sociais e adotaram uma postura pública ainda mais reservada. Internamente, membros do Bloco garantem que Mariana começou a delegar tarefas políticas importantes a Joana, levantando suspeitas de uma possível fusão entre vida pessoal e poder partidário.