Susana Gravato: Todos os detalhes sobre o último adeus à vereadora do PSD

Na manhã fria de sábado, 25 de outubro, a Igreja Matriz da Gafanha da Boa-Hora tornou-se o epicentro de uma despedida que ninguém estava preparado para enfrentar. Nesta versão dramatizada, o silêncio do templo parecia demasiado pesado, como se as paredes guardassem o eco de todas as palavras que já não podiam ser ditas. Ali, familiares, amigos, colegas e figuras locais reuniam-se para o último adeus a Susana Gravato — vereadora, advogada e uma das mulheres mais respeitadas do concelho.

Em Vagos, o ambiente era quase cinematográfico. Os Paços do Concelho, o quartel dos Bombeiros e outros edifícios públicos hasteavam bandeiras a meia-hastes, ondulando ao vento como se a própria vila lamentasse a perda. O luto pairava sobre as ruas, lento e denso, transformando aquele dia num daqueles momentos que marcam a memória coletiva para sempre.

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Mas havia um detalhe que adicionava ainda mais peso à tragédia — um vazio quase palpável durante as cerimónias. Apesar dos rumores que incendiavam as redes sociais nos últimos dias, nesta narrativa ficcional, o filho mais novo de Susana não estava presente. Em vez disso, o jovem de 14 anos continuava internado em regime fechado no Centro Educativo de Santo António, no Porto, cumprindo um período de três meses que poderia ser prolongado. A ausência dele, tão sentida e comentada, tornou-se mais uma sombra sobre um dia já coberto delas.

Na igreja, apenas os pais de Susana, o marido, a irmã e o filho mais velho ocupavam a primeira fila — um grupo reduzido, silencioso, devastado. Na ficção, os olhares cruzavam-se sem palavras, como se todos tivessem medo de que qualquer frase pudesse fazer desabar o frágil equilíbrio emocional que segurava aquele momento.

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Susana Maria Ferreira Gravato, 49 anos, nascida em Ílhavo mas vogueira de coração desde os seis, era mais do que uma política ou uma profissional. Nesta versão dramatizada, ela era apresentada como uma força da natureza — uma mulher que tinha dedicado a vida à comunidade, à justiça e à família. A sua partida repentina transformava-a quase numa figura mítica, alguém cuja ausência deixava um espaço impossível de preencher.

Quando o cortejo fúnebre saiu da igreja, um silêncio profundo invadiu a vila. Algumas pessoas choravam, outras apenas olhavam, tentando compreender como uma figura tão presente podia desaparecer tão rápido. E, no ar, ficava a sensação inquietante de que esta história — ficcionalmente intensificada — ainda carregava capítulos que ninguém esperava ler.